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Praia Grande e Campinas estão entre as cidades que adotaram a tecnologia de reconhecimento facial como estratégia de segurança. Em artigo publicado no site CONJUR (Revista Consultor Jurídico), os advogados Ana Kiritschenko, Marcos Castilho e Wagner Macedo argumentam que entre os principais problemas dos sistemas está o potencial discriminatório na identificação das pessoas por meio de algoritmos.
“(...) Em um sistema de automação, a máquina responderá de acordo com os dados que lhe são alimentados e os comandos pré-estabelecidos pelo seu programador. É o caso da cidade de Ferguson, no estado do Missouri, Estados Unidos. Apesar dos afro-americanos corresponderem à 67% da população do município, 85% das paradas de trânsito efetuadas pela polícia de Ferguson se procederam - propositalmente - sobre cidadãos negros, e 91% dessas paradas resultaram em algum tipo de citação. Quando o sistema físico é racista, o digital há de lhe refletir e seguir o mesmo caminho.”