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A hora da mudança chegou

Atualizado: 21 de nov. de 2022

O painel de discussão que inaugurou a Santos Export 2017 teve como título “Um novo modelo de dragagem – uma evolução necessária”. Não se trata de matéria inédita no evento. A diferença nesta edição é que se discute esse problema quase secular no porto de Santos sob uma nova perspectiva: a perspectiva da solução.

A fatídica sexta-feira de 30 de junho de 2017, na qual se determinou a redução do calado do porto de Santos de 13,2 metros para 12,3 metros, pode ter sido o estopim para a conclusão de que a hora da mudança chegou. Todos os participantes foram unânimes em reconhecer que o modelo atual é insustentável, louvando a iniciativa acolhida pelo governo federal de criar um grupo de trabalho (GT) para discutir o novo modelo de gestão da dragagem.

O diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários, Mário Povia, foi preciso na indicação de que o modelo atual enfrenta problemas decorrentes dos recursos orçamentários, do modelo de gestão e da burocracia. Nessa linha, restou assente que a proposta de um modelo associativo para a gestão da dragagem no porto de Santos poderá garantir a perenidade dos serviços, reverberando exponencialmente benefícios para todos aqueles que se utilizam direta ou indiretamente do maior porto do Brasil.

Como destacado pelo palestrante Samir Keedi na noite anterior, a participação do Brasil no comércio exterior esteve nos últimos anos no patamar de 1% (um por cento), e isso impõe que os portos brasileiros se adaptem às novas condições do transporte marítimo internacional para que a participação do país no intercâmbio de mercadorias possa superar, em um futuro próximo, a sua condição de coadjuvante.

Caso venha a ser confirmada a previsão da senadora Marta Suplicy, o grupo de trabalho sobre o tema será criado na semana que vem através de uma portaria interministerial, permitindo, assim, a construção de um modelo que até pouco tempo atrás não era sequer cogitado como possível devido ao papel preponderante das autoridades portuárias.

Autor: José Carlos Higa de Freitas

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